sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Asmática e grávida !

Tem asma e está grávida… e agora?
A asma é a doença crônica mais comum na gravidez, atingindo entre 3,4 a 12% das futuras mães. Estudos demonstram que existe uma grande probabilidade de o estado da doença se alterar com a gravidez. Cerca de um terço das mulheres piora quando engravida, sobretudo se já possui um quadro de asma moderado a grave; um terço melhora e o restante terço mantém a sua condição estável ao longo de toda a gravidez. A possível alteração do estado da asma na gravidez deve justificar uma visita da grávida a um especialista em asma, dado que a vigilância médica deve ser mais cuidada.

Porque deve continuar com a medicação? Analisando prós e contras
Quando engravida, um grande número de mulheres tende a abdicar da medicação para a asma. Cerca de 23% pára de tomar os corticosteroides inalados, 13% abdica da toma dos agonistas de curta ação e 54% deixa de tomar os corticosteroides para alívio rápido das crises de asma. Por sua iniciativa ou mal aconselhadas pelo médico, as grávidas justificam a cessação terapêutica com o medo de que os fármacos tenham efeitos negativos no feto. No entanto, estas mulheres desconhecem que várias investigações demonstram claramente que, no caso de uma grávida ser asmática, a principal ameaça para o seu bem-estar e o bem-estar da sua criança é a falta de controlo sobre a asma, sobretudo quando se trata de um caso de asma grave.


As crises de asma na gravidez ocorrem com maior frequência entre as 24 e as 36 semanas de gestação. As infecções respiratórias parecem ser as principais causadoras das crises agudas de asma nas mulheres grávidas (34%), logo seguidas pela não adesão aos corticosteroides inalados (29%). A asma não controlada, especialmente quando resulta numa crise, gera um decréscimo significativo do oxigênio que circula no sangue da grávida. A diminuição do nível de oxigênio na corrente sanguínea da mãe leva a que o feto não receba a quantidade de oxigênio de que necessita, o que compromete o seu desenvolvimento, crescimento e poderá mesmo ameaçar a sua vida (o que só acontece em casos extremos).

Alguns trabalhos de investigação demonstram que a asma não controlada por parte da mãe aumenta o risco de parto prematuro e do bebé ter um peso abaixo da média quando nasce. A probabilidade de existir restrições de crescimento intra-uterino é maior no caso de ter havido episódios de crises asmáticas durante a gravidez. Outros autores notam que existem mais casos em que é necessário recorrer a uma cesariana entre as mulheres com a doença não controlada. 

Em suma, resultados de estudos distintos apontam no mesmo sentido: a asma grave, quando associada a falta de controlo da doença, está relacionada a resultados piores na gravidez, com consequências negativas para o feto.

Assim sendo, as mulheres asmáticas grávidas devem tomar medicação para controlar a doença e ter consigo fármacos de alívio rápido dos sintomas, para a eventualidade de terem uma crise. Os planos terapêuticos devem ser optimizados para assegurar um controlo absoluto do estado clínico da grávida. Mais do que nunca, devem ter o máximo cuidado com a exposição a alergênios, adaptando políticas rigorosas de evicção alérgica dentro e fora de casa. Na eventualidade de haver uma crise, as medidas de tratamento devem ser agressivas, pois é importante que a grávida normalize rapidamente, para não restringir a quantidade de oxigênio que chega ao feto.

Infelizmente, alguns estudos evidenciam que, quando têm uma crise, as mulheres grávidas não são tratadas de forma tão eficaz como poderiam e deveriam. Segundo um trabalho de investigação, quando comparadas com mulheres com asma não grávidas, verifica-se que as grávidas com asma recebem menos corticosteroides, sobretudo no momento da alta. Ou seja, os médicos que atendem estas mulheres no Serviço de Urgência receiam receitar estas substâncias na gravidez. O mesmo trabalho demonstra que estas mulheres, subtratadas, têm uma probabilidade 3 vezes superior de voltar a ter um episódio de asma aguda a curto prazo.


Porque parar de tomar a medicação? Desmistificando os medos…

Afinal, há medo de quê? Embora exista o mito de que a medicação pode afetar a criança, apenas uma pequena percentagem dos agentes ativos (10%) chega ao feto. Os restantes 90% são metabolizados pela placenta.  

É de conhecimento geral que os corticosteroides usados por via oral, quando usados muito frequentemente e em quantidades muito elevadas, têm efeitos secundários sérios. Estes efeitos negativos já são desprezíveis quando os corticoides por via oral são tomados apenas durante poucos dias. Está também comprovado que o uso adequado destas substâncias por via inalatória, em quantidades centenas de vezes menores, não acarreta problemas para a saúde e constituem uma terapêutica eficaz. Assim, não há motivos para parar de tomar a medicação quando se engravida, desde que se cumpram as recomendações do médico. 

Relativamente aos corticosteroides orais tomados na gravidez, na mãe, podem aumentar o risco de infecção e a intolerância à glucose e provocar diabetes gestacional. Alguns estudos relacionaram a toma de corticosteroides orais com um aumento do risco de hipertensão e pré-eclampsia. Contudo, tendo em conta as consequências adversas resultantes da ausência da medicação se esta for necessária, o uso de corticosteroides orais continua a ser clinicamente recomendado. É que a probabilidade destes fármacos desencadearem efeitos secundários é muito baixa. Pesados os prós e os contras da toma de corticosteroides, os especialistas nesta área não têm dúvidas: tomar a medicação é o procedimento mais seguro para a mãe e para o feto.

Outras complicações fetais como lábio leporino ou fenda no palato aparecem pontualmente relatadas em associação ao consumo de certos fármacos por via oral para o controlo da asma durante o primeiro trimestre da gravidez. Mas analisemos dados concretos: as investigações concluíram que o risco destes problemas ocorrerem é apenas de 0,3 a 0,4% superiores ao risco existente em qualquer gravidez sem qualquer medicação. Valerá a pena arriscar o pleno desenvolvimento e até a vida do seu bebé (que poderá ser afetado com uma crise durante os 9 meses de gravidez e de abstenção de medicação) tendo como justificação uma hipótese tão remota?

Os agonistas de curta e longa ação e os corticosteroides inalados são seguros, podendo ser usados com toda a tranquilidade na gravidez. Outros fármacos mais agressivos são utilizados com maior reserva e com maior necessidade de vigilância médica contínua. Mas o seu médico especialista pode aconselhá-la, tendo sempre em vista o seu bem-estar e o bem-estar da criança.
É normal que a grávida tenha uma grande preocupação com o bem-estar do seu bebé e é natural que queira conhecer todas as opções, todos os riscos e todas as consequências para o feto que advêm do seu comportamento. Mas não devem ser vencidas por medos infundamentados nem deixar que certos mitos as desviem das decisões mais sensatas. No caso de estar grávida e ser asmática deve consultar um especialista. Fale com o médico e discuta as vantagens e desvantagens de tomar a medicação. O médico não lhe receitará nada que afete a saúde da sua criança, por isso, se for aconselhada a continuar a medicação, esteja tranquila. Todas as recomendações e provas científicas vão nesse sentido. Fonte

Que cuidados especiais deve ter uma asmática durante a gravidez, tanto ao nível comportamental como farmacológico?


• Manter vigilância da gravidez e da asma, uma abordagem multi-disciplinar
• Manter o tratamento da asma; NÂO parar a medicação regular nem diminuir as doses
• Prevenir as crises
• Não fumar
• Evitar os alergéneos, se for alérgica, poluição e outros irritantes
• Tratar outras patologias, se as tiver, por exemplo, rinite, sinusite, refluxo gastro-esofágico
Manter-se informada (educação da doente)

Que riscos existem para o feto face a uma mãe asmática?
Se a mãe tiver uma asma bem controlada durante a gravidez não aumenta os riscos perinatais, isto é, a asma ligeira/controlada está associada a resultados perinatais excelentes!
A asma mal controlada é que pode levar a sérios riscos quer para a mãe quer para o feto.
As complicações fetais possíveis (numa asma mal controlada) são: 
• Mortalidade perinatal
• Atraso de crescimento intra-uterino
• Parto pré-termo
• Recém-nascido de baixo peso
• Hipóxia neonatal
Os medicamentos prejudicam o feto? Qual deve ser a abordagem ao nível de medicamentação?
O tratamento da asma numa grávida é uma situação única pois tem que se ter em conta o efeito da doença e do tratamento no feto em desenvolvimento e ao mesmo tempo na doente que está grávida.
O que é que se pode dar com segurança? Tem que se ter sempre presente a relação benefício:risco de qualquer tratamento.
Existem muitos medos: dos efeitos adversos da medicação pois a maioria das drogas atravessam a placenta. O risco de malformações é maior no 1º trimestre.
As recomendações para o tratamento da asma durante a gravidez devem seguir os seguintes princípios gerais:

• É mais seguro uma grávida asmática ser tratada do que ter sintomas e crises
• É necessário uma maior vigilância
• É necessário um ajuste terapêutico, sempre que indicado
• A asma mal-controlada é mais perigosa para o feto do que a medicação para controlo da asma
• A asma grave ou mal controlada é que está associada riscos e complicações
• A abordagem deve ser multidisciplinar – cuidados obstétricos e imunoematológicos
• O objectivo do tratamento é evitar episódios de hipóxia materna para manter a oxigenação fetal, ou seja, que a grávida asmática tenha uma gravidez normal sem nenhum risco para feto
• O tratamento de grávidas é semelhante à de não grávidas
• Se a asma estiver controlada antes de engravidar, é preferível manter o tratamento
• O tratamento tem uma abordagem por degraus, semelhante á de não grávidas
• Os CORTICOIDES INALADOS são o tratamento de eleição para a asma persistente. Parecem ser seguros e parecerem reduzir o risco de crises! Fonte

Bem, tenho que confessar que sou asmática desde os 13 anos de idade e ao passar do tempo minha asma foi evoluindo muito.Na gravidez do Miguel graças a Deus não tive nenhuma crise, então não passei por nenhum sufoco desses e nem me preocupei em pesquisar os tratamentos.
Há um ano faço tratamento com a famosa bombinha e desde quando engravidei de novo parei de usá-la, e desde daí comecei a puxar o ar,  bem fraquinho, só que na terça-feira tive uma crise muito forte e corri pra emergência. Descobri que não posso usar o meu medicamento de sempre e só posso fazer inalação com o Atrovent (que no meu caso não faz mais efeito), e a bombinha com Budesonida, que também achei muito fraquinho.
Enfim, esses dias foram sofridos pra mamãe aqui,e até mesmo hoje estou trabalhando na marra, por todos aqueles problemas anteriores com a chefe, não quis faltar hoje, mesmo com indicações do médico para voltar na emergência se eu não melhorasse.
É isso aí, só mais um pouquinho de força... e de tempo pro meu filhotinho chegar !


Beijinhos de oxigênio...

Meninas,
Muito obrigada pelo apoio de você a respeito do meu trabalho.. com certeza vou fazer tudinho que vocês falaram! Por enquanto ela não está mais me atacando e nem me sacaneando. Obrigada por cada comentário do post anterior!!! 

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Saudades daqui...

Nossa, quanto tempo não passo por aqui... na verdade é que depois que mudei de setor no trabalho eu não parei mais. Nossa, trabalho horrores...e ainda sou perseguida por aqui! Vocês acreditam que fui proibida de comer fora do meu horário de almoço?!! E que minha chefe falou que não vai aceitar consulta de pré-natal no horário de trabalho??! É meninas, depois que engravidei, aqui está sendo um verdadeiro pesadelo! E ainda tenho que agüentar até junho pra tudo isso acabar! Isso tudo está me estressando bastante, e fico muito triste às vezes e acabo descontando nas pessoas que eu mais amo! Estou no stress muito alto e eu sei que é tudo por causa do trabalho e das pessoas que trabalham comigo.
Mas fora do trabalho está tudo indo muito bem,tenho muita coisa legal pra contar que aconteceram nesses dias, mais só vou contar quando estiver com as fotinhas comigo !

Beijiinhos... 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

BC Recordado, Aprendendo e Brincando # 4

Hoje é dia da BC de que eu amo...BC "Recordado, Aprendendo e Brincando" iniciativa da Cris do blog Joseph e Jamilly, do blog Mãe para Sempre, que chama as crianças a brincarem com brincadeiras que brincávamos quando éramos crianças.
Hoje a brincadeira é bem do meu tempo mesmo.. não sei se vocês brincaram disso, mas a minha rua ficava toda riscada de tanta criança comum giz na mão ! Rsrs Na porta de casa eu desenhava várias coisas, principalmente amarelinha !! Como o Tetel é meu homenzinho...brincamos de desenhar as vogais e vários super-heróis !! Rsrsrs
Foi a maior diversão... conferem!!!






Beijiinhos...

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Bebê

Meu amor, não sei por que mais senti uma vontade imensa de te escrever, acho que foi agora com quase 8 semanas de gestação a ficha foi cair pra mim....pois foi agorinha mesmo que eu fui perceber que desde o dia 25 de outubro um sonzinho que escutei lá no consultório não saiu mais da minha mente!
Sem querer, e até ainda agora sem notar pude perceber que nos poucos momentos vagos do meu dia é o seu coraçãozinho bem acelerado que vem me invadir, é ao fechar os olhos, é abrir, é na mente. E nos momentos antes de dormir que seu coração se torna musica de ninar para a mamãe...
Bebê (assim que ainda te chamo, enquanto que não sei o seu sexo), você ainda não tem rostinho, mais já sei que será o mais lindo desse mundo, você ainda não tem mãozinhas formadas mais já imagino o seu doce carinho no meu rosto enquanto te amamento. Bebê eu ainda não consigo te sentir, mais não durmo antes de colocar a mão na barriga e esperar uns 5 minutos pra ter certeza que ainda não sinto nada.... você ainda não tem ouvido, mais todos os dias em voz alta digo que te amo. Você ainda não tem sexo, mais já te espero na maior ansiedade,  sendo uma menininha delicada ou um arcanjo do céu. Filho, você ainda é do tamanho de uma azeitona, mais já te amo do tamanho do mundo.
Bebê, você ainda não tem rosto, a mamãe ainda não te sentiu, mais já ouviu o bastante para que as lágrimas caíssem e rolassem em seu rosto, juntamente com um aperto em seu coração não de preocupação, mais sim, um aperto de que já está formado um amor avalassador que só uma mãe já conhece.
Bebê, seja bem vindo, ao meu coração, a minha vida.

Da sua mamãe Talita.